Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz forte discurso e promete que voltará em 2024.

O líder americano fez um discurso impactante, criticou Joe Biden, a quem chamou "o pior presidente da história", e afirmou que se fosse ele o Presidente hoje, o conflito na Ucrânia nunca teria ocorrido.

Donald Trump é um líder forte e vigoroso. Demonstrou isso ontem no seu discurso, pela ocasião do CPAC 2022. O CPAC é uma conferência da direita dos Estados Unidos, o maior evento global de conservadores. Trump falou por mais de uma hora sobre diversos temas como eleições, a pandemia, a economia dos EUA, comércio internacional, reafirmou sua determinação de finalizar a construção do muro na fronteira mexicana, criticou duramente pautas progressistas, a cultura do cancelamento e se posicionou favorável à Ucrânia no conflito com os russos.

Em assuntos internos, Trump relembrou como deixou a economia americana forte que estava com um crescimento sustentável e firme. Afirmou a necessidade em se retomar a independência energética dos EUA, com o uso do gás de xisto e a produção nacional de petróleo. Nesse sentido, Trump criticou as medidas adotadas pelo sucessor que busca medidas mais verdes, mas acaba dependendo de recursos de outras nações para isso (inclusive da Rússia).

Trump também falou sobre as eleições americanas. Afirmou categoricamente que as eleições foram fraudadas, com milhares de votos sumindo no transporte até a contagem, como foi visto em casos no estado da Geórgia e outros. Trump alegou também que medidas básicas precisam ser tomadas para evitar isso, como a identificação do eleitor na votação, e a contagem dos votos impressos. Nos EUA, a votação é em papel, porém a contagem é feita por máquinas de alta velocidade.

Foi mencionada também a questão pandêmica e a China no discurso. O Presidente afirmou a necessidade de cessar todas as restrições (máscaras, distanciamento social) e falou que a vida precisa voltar ao normal. Nesse ponto, Trump também citou a China e afirmou que irá responsabilizar o governo de Pequim pela perda de vidas e pelos prejuízos econômicos causados pelo vírus chinês. Nos EUA, a Florida suspendeu quase todas as regras de cuidados com a pandemia, e o Texas já suspendeu todas as restrições desde meados do ano passado, em ambos estados não foi observado novo surto além do que já se teve.

Trump citou também o combate às pautas progressistas e a defesa dos interesses americanos. Falou que irá combater as Big Techs que o censuraram em 2020 (e ainda o censuram), que irá criar a rede social Truth para concorrer com elas. Foi enfático ao ir contra a cultura do cancelamento, ensino de ideologias de gênero e contrárias aos princípios familiares. Ainda afirmou que irá criar uma lei para direitos dos pais sobre seus filhos, e se eles não quiserem ter nenhum ensino de ideologias progressistas, poderão colocar seus filhos em escolas de ensino religioso com apoio do governo.

Na política externa, Donald Trump chamou de total desastre a administração de seu sucessor democrata. Segundo Trump, ele foi o único Presidente no século XXI que não deixou os russos invadirem nenhum território e não fez nenhuma guerra. Disse que, se ele não tivesse sido roubado nas eleições de 2020, a Ucrânia não teria sido invadida pelos russos (e apoiou os ucranianos em um momento que foi fortemente aplaudido). Trump disse que se for eleito em 2024 (anunciando que voltará), ele irá colocar os EUA na posição de força e defesa dos interesses americanos, o que, segundo ele, Biden não é capaz de fazer.

O discurso foi aplaudido por minutos e em diversos momentos entre as falas do Presidente. Trump ainda criticou os órgãos de mídia que cobriam o evento, pelas falsas notícias que fizeram contra o líder nas eleições passadas. Houve também a promessa do combate ao conhecido "deep state", que é o que no Brasil é chamado de aparelhamento político da máquina pública em benefício de pautas progressistas. Trump afirmou que os democratas irão perder nas eleições deste ano (eleições legislativas) e em 2024, quando ele voltar.