Com a guerra, crise econômica do Brasil pode aumentar o custo do "fique em casa".

O conflito russo-ucraniano pode piorar os efeitos que o Brasil (e o mundo vivem) pelo lockdown ineficaz.

O lockdown foi tanto ineficaz quanto prejudicial economicamente. Esse fato já foi abordado direta e vastamente pelo SI. Porém, a guerra entre Rússia e Ucrânia prova que uma medida agressiva que prejudique a economia não pode ser adotada apenas considerando o tempo presente, mas o futuro também. As dificuldades econômicas geradas pelas medidas equivocadas serão agravadas gerando mais fome e escassez.

Com o conflito, há vários produtos produzidos pelos russos, que pelas sanções impostas por países a Moscou, sofrerão alta significativa de preços. Trigo, minerais, o próprio gás natural são alguns dos produtos e commodities que sofrerão reajuste de preços nas próximas semanas. Mas há dois que merecem atenção especial para o mundo: Os fertilizantes e o petróleo.

O Presidente Jair Bolsonaro vem chamando a atenção para a dependência brasileira do potássio russo. Essa dependência é real, mesmo com o Brasil contando com vastas reservas do elemento, porém em terras indígenas que não podem ser exploradas. Além disso, com o conflito no Leste Europeu, o preço de fertilizantes subirá tanto pela maior procura para maior produção de alimentos, como pela maior dificuldade de acesso ao elemento que a Rússia é um dos maiores produtores.

Além dos fertilizantes, o petróleo já está sendo fortemente afetado. A Rússia é membro da OPEP com vastas reservas. O barril Brent (que é o que afeta o preço no Brasil) já bateu mais de 100 dólares. Há especialistas que veem o valor de 120 dólares um horizonte muito possível com as hostilidades entre russos e ucranianos. Um aumento de mais de 20% desde o início da guerra. Isso, trazendo para o Brasil, significará uma gasolina que poderá chegar a algo em torno de 8 a 10 reais o litro.

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